Na era da tecnologia e da
informação poucos meninos se interessam em praticar esportes, preferem ficar
horas em frente ao computador ou jogando vídeo game, também, com tantas
novidades, jogos cada vez mais modernos e próximos da realidade basta citar o Kinect,
por exemplo.
Mas pra variar, o Luís
Felipe não é assim. Aos 5 anos de idade ele foi matriculado no time de futebol mirim
do Atlético Rio Negro Clube, dois anos depois iniciou os treinos de Jiu-Jitsu
com a supervisão do pai, faixa preta no esporte. Ano passado jogava futebol na
Escolinha do Zico que alternava com a
natação no colégio. Sempre gostou de ocupar seu tempo fazendo várias
atividades, em certa ocasião deu até entrevista pra uma emissora de TV falando
sobre isso, como conciliava sua escola, com o lazer e a prática de esportes.
Porque estou relatando isso? Por que isso dificultou o diagnóstico. Foi na semana da Lassalíada
uma competição de vários dias em todas as modalidades no Colégio La Salle Manaus
onde ele estudava, o Luís havia jogado futebol, lutado Judô, e competido
natação. Estava estafado. Começou a queixar-se de dores fortes nas pernas,
chorava de dor. Pra se ter uma ideia, até o tiramos dessa escola, este segundo
semestre ele estava no C.E.A (outra escola) pois devido à gravidade até cogitávamos
uma ação judicial contra esta distinta escola. Aff!
Levamos o Luís ao
ortopedista Dr. Mangueira, NÃO RECOMENDO! Ele solicitou uma radiografia e um
ultrassom, diagnosticou uma DISTENSÃO
MUSCULAR devido ao esforço físico que se submeteu durante os jogos. Disse
ainda que levariam 2 meses para as dores cessarem. Receitou analgésicos, anti-inflamatórios
e compressas, onde? na perna.
Os meses passaram e a dor
aumentou, apareceram outros sintomas como febre, dormência nos pés,
formigamento, dor ao urinar e emagrecimento repentino.
Então levamos ao pediatra
que solicitou um exame de sangue, nele saiu uma alteração, seria uma infecção no
sangue que causa dor nos ossos, receitou uma injeção por 2 meses. Benzetacil!
Minha mãe muito
preocupada conseguiu o contato do Dr. Chang Po ortopedista fera na minha
cidade, então lá ele fez uns exames manuais no luís (até que enfim!) e pediu
corretamente uma ressonância magnética na região Lombo-Sacra. Exatamente onde o
tumor estava. Minha prima Aline médica, muito cuidadosa sugeriu que pudesse ser
algo grave na coluna, e ela é Cardiologista! Coisa que os outros médicos nem
desconfiaram. Da minha parte, certa noite eu tive uma aviso de Deus e acordei no
meio da noite com essa “ideia”, chorei muito e depois ignorei, só depois que
tudo foi se confirmando. Estou impressionada até agora.
Foram 4 meses para
chegarmos à esse diagnóstico. Tempo suficiente para o tumor crescer e atingir
os nervos que afetaram outras partes além das pernas. Infelizmente em Manaus
não dispomos de tratamento oncológico pediátrico eficaz, não temos estrutura
física para isso.
Um médico da FCECON sugeriu fazer uma punção pra biopsia, algo inapropriado neste tipo de tumor.
Como estávamos instruídos não aceitamos. Fico pensando: e quem não está como
faz? Acredito que a culpa não é dos
médicos, e sim da falta de investimento nesse setor, os profissionais fazem o
que podem e como podem.
Então com a graça de
Deus e ajuda da família, dos amigos, da Carol do Instituto ALGUEM e da igreja
pudemos chegar até aqui em São Paulo e realizar desde a biopsia até o
tratamento num lugar de primeira linha, o hospital A.C.Camargo. Segue o link http://www.accamargo.org.br/
Então amigos, quando seus
filhos se queixarem de dores nas pernas, formigamento nos pés, e sensibilidade
alterada em alguns membros, corram! Não esperem que os médicos descubram, façam
os exames, questionem, investiguem, marquem de perto, porque o sucesso do
tratamento depende muito das preliminares.
Joanne Monteiro
“Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e
lhe chamou Ebenézer, e disse:
"Até aqui
nos ajudou o SENHOR.” (1 Samuel 7:12 RA).
Luís no treino de futebol